Tudo sobre a região do Anhanduizinho
Campo Grande, terça-feira, 27 de agosto de 2024.
Foi se o tempo que no futebol amador, os jogadores eram conhecidos pelos apelidos, bons tempos!
Naqueles lindos tempos os apelidos caminhavam juntos com os adjetivos para descrever uma jogada, como por exemplo: “bicuda”, “trivela”, ou “três dedos”, “peito-do-pé”, “chaleira”, entre outros e todos lances mostrados com muita categoria naquela época, foi perdendo a sua graça, a sua essência dando lugar a modernidade e com isso, os cognomes foram sumindo, dando vaga aos nomes compostos muito usado no chamado futebol moderno.
Nos campos da chamada várzea, os apelidos até então sagrados, perderam o espaço para os nomes compostos e cada um, mais pomposo que o outro.
Também o que contribuiu para o fim dos apelidos, que servia de elo entre os jogadores e os torcedores, foi o “Bullying” que pode dar uma terrível dor de cabeça para quem chamara o outro pelo cognome.
Apelidos
Os apelidos sempre foram recorrentes na história do futebol, principalmente no futebol amador e o mesmo era utilizados como uma forma de identificar características ou demonstrar senso de humor entre os torcedores.
Se por um lado os apelidos saíram dos campos de futebol, principalmente no amador, os mesmos ganharam destaques no cenário político, pois nos dias de hoje, os candidatos fazem questão de manter, de preservar os seus apelidos, fato esse que eles acreditam manter a aproximação com os eleitores e com isso, ganhar os votos sonhados.
Pasmem, nesse caso especificamente, não existe o tal do “Bullying” e os candidatos até gostam!
Como se sabe, os apelidos dos jogadores de futebol, principalmente nos campos onde são disputado os jogos amadores, fazem parte da cultura da modalidade, sendo que em muitos casos, o apelido ajuda o atleta a se aproximar do torcedor.
Qual time teve jogador com apelido
No futebol profissional de MS, o time que mais usou esse elo entre jogador e torcedor, foi o Mundo Novo, quando era dirigido por Valdomiro Sobrinho que fazia questão de mandar a campo jogadores chamados apenas pelos apelidos, entre os quais, Marmita, Macaco, Borracha, Polícia, todos era apelidados!
Na época, isso na década de 80, três equipes de rádios transmitiam os jogos e não tinha nenhum tipo de problema!
E no amador
No futebol amador, quem manteve essa rica cultura durante a sua existência, foi o time do Santo Antônio, do município de Ladário, localizado no extremo oeste do Estado e distante da Capital de MS, a 436 quilômetros.
O time foi um dos participantes da Liga Terrão, em 2.021 e tinha no elenco, jogadores como: Jassa, Bolacha, Bibo, Patinho, Badaró, Catatau, Forofo, Índio, Jack, Leco, Lukinha, Markito, Tucão, Buguito, Many e claro que a equipe tinha que ter no comando um técnico também conhecido através do seu apelido: Soró.
Na Capital de MS, quem faz questão de manter essa rica e folclórica tradição, é o time do Original Motos, onde até o mecenas da equipe, é conhecido pelo apelido de “Ceará” e o mesmo faz questão de passar a escalação, tal como Valdomiro Sobrinho, apenas com os apelidos e assim se tornaram ainda muito mais conhecidos; Integram essa linda lista, os jogadores: Pato Lambe Sal, Menino Preguiça, Jacu Virado, Nego João, Corno Ativo, Bisqui, Tourão, Vaquinha, Homem Droga, Coronel, Docinho e Menino Bombril.
Mas o tempo foi passando e copiando os jogadores famosos, os boleiros decidiram não apenas pelo fim dos apelidos, bem como a exigir o uso dos nomes compostos e além disso, a imitação nos cortes de cabelos, nas cores das chuteiras, as tatuagens, sendo como exemplo dos nomes, Vinicius Jr, Cristiano Ronaldo, entre outros.
Nomes compostos
Sem o uso dos tradicionais apelidos, os jogadores passaram a usar os nomes compostos e claro, cada um mais bonito que o outro.
No recém encerrado Campeonato de Futebol Amador Bosque Santa Mônica, promovido com maior sucesso pelo desportista Willian Arruda, onde o time Os Tochas conquistou o título de campeão, os nomes compostos dos jogadores ganharam destaques tanto quanto as suas atuações em campo, mesmo porque, os nomes repassados à redação do site grito regional.com.br são referentes apenas aos que marcaram os gols pelas suas equipes, mas baseado por eles, é possível ter um boa ideia dos nomes dos demais jogadores.
Os nomes diferentes apresentam um novo sentido com a chamada modernização do futebol e são tratados como importantes no processo de construção de marcas, que os jogadores adquirem em algum momento da carreira e que requerem um cuidado constante. Por isso, dispensam o uso do apelido.
Nessa intensa lista, do agora nomes compostos, constam: Ryan Victor, Matheus Mazzon, Maycon Jhonatan, Israel Victor, Matheus Martins, Wendryl Gonzaga, Matheus Henrique, Matheus Antônio, José Niedson, Vanderson Vanderley, David André, Welligson Carrilho, Tairon Kevin, teve ainda os irmãos Tainan e Tayron, Talismã Gomes, Micael Cristian, Jhonny Costa entre outros.
Copa Brasília Amarela
Na Copa Brasília Amarela de Futebol Amador do Campo Nobre, não se sabe se foi a pedido dos jogadores ou uma ação livre da organização, mas os nomes enviados à redação do site grito regional.com.br , também apenas dos que marcaram os gols pelos seus times, não foram apelidos e nem os nomes compostos e sim nomes simples, mas essa simplicidade não chega a ser nomes como Antônio, João, Paulo, José, entre outros, o simples acima usado, quer dizer que não são compostos, mas neles, o que se observa o carregamento de muitas letras consoantes, como por exemplos os usos de “TH”, “W”, “Y”, entre outras. Vez ou outra, nomes que poderiam formar uma dupla, não se sabe se de sertanejos ou de goleadores.
Mas vamos ao que interessa, aos nomes simples, de quem fez a alegria da torcida, ao marcar os goles pelos seus times: Adrian, Igor, Jonathan, Wesley, Denildo, Patrick, Talles, Vanderson, Lucas (no plural) Weverton, Everson, nomes que poderiam forma uma dupla – Roddimar, Lindomar – Clayton, Nathan, Maiko (sem o n, mesmo), Gledson, outra dupla: Edigleidson e Eleitson, Matheu (no singular), Aterson, Kevin, Wallace, Everjhony, Phellipe, Michael, Lucas Alves, Lucas Amâncio, Kalel, Alax, Kayke, Everton, Brian, Luan, Victor, Jackson, Thayron, Matheus (no plural), Jonatan, Wellington, Braynn, Kleyton, Herson, Jhonatan (esse com jh), Vítor, Victor, Wendryl, Thiago, Aterson, Kesley, Jhonatas (no plural), Aldiex, Wilmer, Lucas (no plural), Luca ( no singular), Brian, Washington, Leofumio, Brendon, Everson, Everthon, Kelven, nome de um dos árbitros, Cleverson, Maykon, (esse com n), Lucivan, Wanderson, Jhonny, Sullivan, nomes de jogadores que poderiam forma também dupla: Kelvin, Kevin, Donavan, Matheu (no singular), Maikson e Lisandro.
Vale frisar que, os nomes acima mencionados foram enviados à redação do site grito regional.com.br pela organização da Copa Brasília Amarela de Futebol Amador do Campo Nobre e os mesmo, são referentes aos jogadores que marcaram os gols pelas suas equipes. Vale destacar ainda que, de acordo com o levantamento feito, a competição reuniu 32 times e nela foram inscritos 768 atletas, claro que, além dos acima mencionados, com certeza existem outros que tenham os nomes com as mesmas características, mas independente disso, o mais importante é que os jogadores continuam fazendo gols e alegrando os torcedores nas tardes de sábados ou nas manhãs dos domingos, mesmo porque, o gol continua sendo a alegria do futebol!
0 Comentários