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Campo Grande, sábado, 16 de dezembro de 2023.

Após corte de energia, moradores da área invadida do Samambaia fazem protesto

Por Gilson Giordano em 30/08/2017 às 16:56

Sem luz elétrica, moradores da área invadida no Samambaia fazem protesto na rotatória ((foto: Midia Max)

 

Um protesto que teve a participação de aproximadamente 100 pessoas interditou há pouco a rotatória existente na Avenida dos Cafezais com a Rua do Patrocínio, no Bairro Paulo Coelho Machado, após os funcionários da empresa de energia que opera na Capital ter “cortado” o fornecimento de 150 ligações, apontadas pela empresa como clandestinas.

As ligações de energia atendiam os moradores que invadiram em janeiro passado a área do Samambaia Country Club, localizado no bairro Jardim Los Angeles.

Conforme as informações, a manifestação é pacifica e os moradores bateram panelas, solicitando uma atenção por parte das autoridades. Para evitar maiores problemas diversas equipes da Polícia Militar estiveram no local onde acompanharam a movimentação à distância.

Jader Jesus, organizador do manifesto disse que, o ato foi para chamar a atenção das autoridades e através dele, cobrar também uma posição quanto ao grave problema que é a falta de moradia.

“Eles estão desrespeitando as pessoas e com esse protesto, queremos chamar a atenção de todas as autoridades para esse grave problema que há tempo vêm afetando milhares de famílias”, disse Jesus.

Conforme as informações colhidas, os moradores teriam protocolado um pedido de regularização do fornecimento de energia elétrica à empresa responsável pelo fornecimento, ainda no dia 30 de janeiro, mas não foram atendidos.

De acordo com o levantamento, ao todo são 350 famílias que invadiram o local desde dezembro do ano passado ocupando uma área de 18 há.

São aproximadamente 350 famílias que ocupam uma área de 18 hectares. Eles chegaram ao local em dezembro de 2016.

Jader Jesus, o responsável pela interdição deixou claro que, caso as autoridades competentes não deem uma resposta, até essa quinta-feira (31), os manifestantes voltarão ao local para interditar o referido trecho mais uma vez.

Quanto à empresa fornecedora da energia elétrica, a mesma confirmou o corte de 150 ligações que estavam irregulares e a medida tomada visa acima de tudo, à segurança das famílias que vivem no local além de proteger a rede de distribuição que a bastece a região e os clientes regulares.

Nesse período de irregularidade, as ligações consumiram em média 191mwh/ano, equivalente a R$ 95.400/ano.

O serviço de corte nas ligações irregulares contou com funcionários da empresa que totalizaram 24 equipes que agiram sob a proteção da Polícia Militar.

Quanto à possibilidade de um acordo proposto pelos moradores à empresa, a mesma descartou a hipótese alegando que, “conforme a Resolução 414 da ANEEL, as distribuidoras de energia só podem regularizar o fornecimento de energia em áreas invadidas com a permissão do poder concedente: Governo, Prefeitura Municipal ou Ministério Público”.

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