Tudo sobre a região do Anhanduizinho
Campo Grande, terça-feira, 26 de dezembro de 2023.
Localizado na Rua Urubupungá, 25, no bairro Aero Rancho V, um dos que formam a região do Anhanduizinho, o maior da Capital, a direção do Centro de Educação Infantil (Ceinf) – CAIC – juntamente com o corpo docente da instituição, decidiram dar mais vida ao cotidiano das crianças e para tanto, o primeiro passo foi na alimentação.
Nessa quinta-feira (5), AS 178 matriculadas no referido Ceinf degustaram uma feijoada vegetariana feita com legumes variados, acompanhada de arroz, farofa de couve e laranja. Apesar do prato “light”, não faltou a carne refogada. A refeição, produzida pela equipe da unidade escolar, utilizou os ingredientes da própria merenda escolar.
Como se não bastasse oferecer um almoço diferente aos alunos, as professoras e de forma geral, todos os funcionários do educandário de ensino, proporcionaram aos alunos músicas que remetiam à cultura africana e logo pela manhã, para receber as crianças, direção, professores, assistentes e cozinheiras vestiram trajes coloridos, típicos da cultura afro-brasileira, com direito a vestidos longos, turbantes e brincos de argola.
A decoração também seguiu a mesma temática. Todo esse cenário, incluindo o cardápio, foi elaborado para trabalhar o projeto Etnia: “Crianças de todo o mundo”, que está sendo desenvolvido com as crianças desde o início do segundo semestre, com término em dezembro, quando será realizada uma grande festa para a comunidade escolar.
De acordo com a diretora Elizângela Melo da Silva, além da cultura africana, a proposta também abrange a cultura dos povos árabe, espanhol, indígena, italiano, japonês, paraguaio e português. A cada 15 dias é servido um prato típico, produzido com os ingredientes fornecidos pela Superintendência de Alimentação Escolar (Suale). Além da feijoada vegetariana, a equipe também já organizou um almoço italiano, com direito a macarrão com molho branco, feito de forma artesanal, utilizando leite e farinha de trigo.
Pedagógico
Elizângela explicou que a ideia do projeto é a de apresentar às crianças, a história, lendas, costumes, alimentação e músicas de diversos povos. “Cada sala trabalha uma etnia e no fim de semana há um momento de interação, onde eles trocam informações sobre o que aprenderam. Escolhemos os países de acordo com os povos que ajudaram a colonizar Campo Grande”, destacou.
Outro ponto importante da iniciativa é incentivar a construção de uma atitude de respeito e valorização das etnias das crianças de outros países.
A coordenadora pedagógica Fátima Cristina de Almeida, ressaltou que as apresentações e os pratos servidos representam apenas o fechamento do aprendizado da etnia.
“Antes de chegar nesse ponto, trabalhamos toda a parte pedagógica, explicando a origem do prato, o motivo pelo qual ele foi criado, fazemos atividades. Tem todo um contexto”, disse.
Junto com os alunos, as professoras realizam pesquisas sobre os diferentes povos estudados, utilizando diversas fontes incluindo as famílias. As informações são registradas através de diferentes linguagens, como a plástica, oral, gráfica, musical, leitura e escrita.
E quem pensa que os pequenos do berçário ficam de fora do processo, se engana. A professora Donislei da Mata Cunha conta que até os bebês entre seis meses e um ano e meio estão sendo apresentados a figuras, histórias, músicas e objetos que fazem referência as etnias.
“Eu me caracterizo na frente deles para não ter estranhamento. Depois fazemos uma roda e começamos a trabalhar o tema. Eles assimilam tudo, tanto que quando ouvem alguma música apresentada aqui na escola, em outro ambiente, começam a se movimentar”, enfatizou a professora Donislei.
0 Comentários
Os comentários estão fechados.