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Campo Grande, quarta-feira, 30 de outubro de 2024.
Leio com tristeza a respeito do falecimento do pugilista José Adilson dos Santos Rodrigues – Maguila -, multicampeão de boxe na categoria peso pesado.
Na década de 80, quando eu trabalhava no hoje extinto Jornal Diário da Serra – uma faculdade – por ocasião da sua visita à Capital de MS, convite do então candidato a Deputado Estadual David Cardoso, fui o responsável em acompanhar o mesmo, principalmente na coletiva de imprensa, que foi realizada na famosa Chácara do candidato, localizada na hoje chamada Rua da Divisão que ao contrário daquela época, esta asfaltada, iluminada e uma das principais vias ligando o bairro Parati à Avenida Guaicurus.
Vale destacar que David Cardoso sempre foi um grande esportista e amante do boxe e pelo fato de ter sido “global”, tinha amizade com o pugilista.
Claro que na década de 80, a localidade era totalmente “desabitada”, tanto que nem mesmo existia o enorme Conjunto Habitacional Aero Rancho, o bairro Parati, todos em fase de construção por ocasião da visita a convite, do pugilista Adilson Maguila.
Ele era de fato, todo “desengonçado”, devido ao seu tamanho. Os seus gestos eram mesmo de pessoas de pouca cultura, de pouco ou sem nenhum conhecimento, era mais para arrogante, devido ao seu tamanho e a fama que já começara a ganhar, través das vitórias conquistadas nos ringues.
Na época, haviam pessoas que afirmavam que as lutas vencidas por ele, eram contra adversários de baixa categoria e sem nenhuma qualidade técnica e por isso ele, batia com vontade e sempre venceu as mesmas na sua maioria por nocaute.
Na luta realizada em Las Vegas, contra George Foreman, confesso que torci muito pelo norte-americano e já explicou o porquê.
Mas voltemos à coletiva de imprensa, da qual participamos, claro, mesmo porque, na ocasião se tratava de uma celebridade no esporte, afinal Adilson Maguila estava na Capital de MS.
Fomos para a Chácara do David Cardoso, o repórter fotográfico, que não me recordo que era e o motorista, Evaldo José, ocupando o “fusquinha” do Jornal Diário da Serra.
No local, estavam presentes o jornalista Arlindo Florentino, do Correio do Estado, Sílvio Andrade, não me recordo em qual veículo o mesmo trabalhava e eu acho que as equipes das TVs Morena e Campo Grande.
Éramos no máximo uns quatro ou cinco jornalistas e o anfitrião da coletiva e depois da “festa”, anunciou o início da mesma e fez a apresentação do pugilista José Adilson dos Santos Rodrigues –Maguila-.
Ele sentando em uma cadeira, dessas comuns, não igual à que o Datena usou para agredir o Marçal, no debate em São Paulo, mas era uma cadeira simples e ele sentado com as pernas esticadas e braços cruzados. Essa era a posição dele.
Com o início da sessão de perguntas, eu me entusiasmei e fui formulando uma pergunta atrás da outra, quase que sem parar.
Acredito que, devo ter formulado uma pergunta que ele não gostou, sei lá, ou devido ao grande número de perguntas formuladas ele naquela mesma posição acima descrita me disse:
“Você parece um papagaio! Só você que quer perguntar? Deixe os outros também fazer as perguntas deles!”
Claro que depois dessa, confesso que fiquei muito “p” da vida, irritado mesmo, mas “me contive”, pois não dava pra desafiar o mesmo no braço, pois de fato, não apenas ele que era muito grande, mas as mãos do cara eram também enormes!
“P” da vida, tão logo terminou a coletiva, David Cardoso, um gentleman, convidou a todos pra o tradicional churrasquinho, mas eu, para não cruzar com o convidado, achei por bem me retirar do local com a minha equipe.
Sem poder enfrenta-lo “na mão”, na ocasião e depois com o passar do tempo, acabei festejando e muito, quando George Foreman, conseguiu acertá-lo com um cruzado, levando o mesmo à lona!
Claro que ao tomar conhecimento do seu passamento, me entristeci, afinal ele foi uma das marcas no boxe brasileiro!
Maguila, vá em paz e muito obrigado por tudo que você fez pelo desenvolvimento da referida modalidade!
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