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Campo Grande, domingo, 09 de fevereiro de 2025.
Espaço N/Avelar reúne vários jogadores que marcaram época e que até hoje ainda brilham nos campos de futebol: Biro-Biro, Figueiredo, Leomar, como aparecem na foto (Divulgação)
Acostumado a realizar os tradicionais e concorridos Flash Back, no salão de festa da Associação de Moradores do bairro Jockey Clube, há tempo que o desportista Maurio Maroka Martins, tinha a ideia de levar para o campo de futebol, um campeonato que remetesse a todos a um glororioso passado e com isso, realizar uma compdtição voltado para os atletas com 60 anos de idade. A ideia foi, aos poucos amadurecendo, até que no fim de 2.024, a mesma foi colocada em prática e sem nenhuma surpresa, se tornou o verdadeiro” xodó” dos torcedores tanto os “antigões” que estão matando a saudade em rever o clássico toque de bola, bem como aos novatos que estão vendo e aprendendo o que é de fato jogar futebol!
O Campeonato para os atletas “Sessentões”, além de ser apontado como novo “xodó” dos torcedores, o mesmo passou a ser considerado como um verdadeiro Flash Back no futebol amador, devido à qualidade técnica dos jogadores participantes.
Se no Flash Back, os seus participantes ouvem os mais diversos ritmos que levam à época de ouro da música, no futebol acontece o mesmo, pois também embalado pelos ritmos das partidas, muitos jogadores jogam como se estivessem dançando uma música clássica, tamanho é o refino da categoria e que pode ser constatado nos dias atuais.
Inegável que Flash Back houve a gostosa simbiose dos ritmos que remetem os saudosos dançarinos ao passado, no famoso dance music, no futebol a junção de duas modalidade, quase que idêntica e que, também tem o mesmo poder de levar os torcedores a recordar a época de ouro do futebol jogado em MS, quando os seus protagonistas, “dançarinos” com a bola nos pés, exibiam os mais variados dribleas e entre eles os chamados “dribles da vaca”, “chapeuzinho”, a “chaleira”, entre outras.
Tal como na música do passado, todos se encantam ao ver o refinado toque de bola ainda apresentado por muitos ex-jogadores que, mesmo não tendo mais o condicionamento físico de outrora, hoje eles usam o antigo chavão: “a bola que tem que correr”, pois muitos atletas já tem os mais diversos tipos de problemas ocasionado pela prática da modalidade e por isso, ao invés deles correrem, a bola que corre mansamente pelo gramado no campo da Garolle.
Junção
A junção acima mencionada é entre as modalidades de futebol e o chamado na época, Futebol de Salão, mas que hoje mudou a nomenclatura e passou a ser chamado de futsal e com a mudança nominal, claro que muitas regras igualmente foram alteradas e pasmem, até a bola usada hoje é muito mais leve que da época em que a “pelota” era chamada de “bola pesada”, pois devido à sua circunferência, para começar ela não quicava e com isso, dava-se a imprensa que a mesma era mais pesada. Como se sabe, o futebol de salão, revelou centenas, talvez milhares de craques para o futebol.
A competição promovida por Maroka, caiu no agrado de todos e a mesma tem como palco para as “apresentações’ o campo da Garolle que em dias de jogos da referida categoria, recebe maior número de torcedores que amantes da modalidade, vão em busca da beleza, da qualidade técnica apresentada pelos ex-jogadores.
Campeonato
No atual campeonato, chamado pomposamente de “Sessentões” é comum ver o desfile de craque que marcaram época no futebol do Estado, sendo que inúmeros deles, também encantaram o país.
A competição é disputada por 12 times e praticamente todos eles têm um astro em seu elenco e com isso estão de volta ao gramado do campo da Garolle
O goleiro Paulão, devido à sua qualidade técnica, chegou ser cogitado para ser negociado na época com o Botafogo e também integrar a seleção brasileira de novos, no entanto, não se sabe o porquê que essas duas tentativas não foram concretizadas.
Qual torcedor do Estado que já se esqueceu da tão famoso defesa “intransponível” do Operário que encantou o país e era formada por: Paulão; César, Odair, Valdir e Dionízio, que perpetuou na memória de todos.
Goleiro Paulão, defendendo há muito tempo o time do Classes A que hoje faz parceria com o Amigos do Major Centurião (Foto: Divulgação)
Poxoréu, outro meia altamente técnico, descoberto no Vasquinho de Pedro Gomes, defendeu o Taveirópolis onde encantou a todos.
Dufles, astro do futebol Aquidauanense que ao lado de Nenê, exibe muita técnica até nos dias atuais.
Vale destacar que o jogador Nenê, em um só jogo, marcou quatro gols e esse total evidencia a sua qualidade técnica.
Leomar, zagueiro vigoroso, também muito técnico, tendo conquistado título de campeão pelo Comercial.
Cabral, descoberto na equipe de base do Operário, onde igualmente despertou interesse de vários times e ao lado de Beto Avelar, conquistaram vários títulos na referida categoria, tendo ascensões ao time principal, mas optaram por outras profissões.
Miguelzinho, quem no futebol do Estado de MS não ouviu falar em Miguelzinho do Aquidauanense?
Biro-Biro, meia esquerda extremamente técnico, esteve acima da média dos “normais” e além de encantar os torcedores, deixou louco o técnico Rubens Minelli, na época em que este comandava o Palmeiras. Naquele inesquecível jogo, Biro ou “Pojú”, fez uma exibição de gala e logo despertou interesse nos chamados “grandes do futebol brasileiro”, mas o Guarani, na época em “alta”, chegou primeiro e levou o craque comercialino que até hoje, mantém e exibe a mesma qualidade técnica.
Apesar da idade, mesmo com a cirurgia no joelho, Biro-Biro mantém a refinada categoria, visão de jogo e o desconcertante drible ao balançar o corpo (Foto: Divulgação)
Futebol de Salão
Hoje usando as luvas apropriadas, Darlan, é o goleiro do time do sindicato dos Bancários (Foto: Divulgação)
Nessa mistura, não de ritmos, mas de técnica, de modalidade, têm os astros descobertos no futebol de salão e entre eles, o goleiro Darlan, um dos astros do Estado de MS, no salonismo. Pelo fato de ser goleiro e de muita agilidade, pelo fato de ter que atuar em quadra, o mesmo usava joelheiras, cotoveleiras e como na época ainda não tinha, as tradicionais luvas apropriadas, tais como as de hoje, fabricadas com a mais avançada tecnologia, Darlan gastava algumas caixas de esparadrapos para proteger os dedos.
Tem também o Trombadinha, que exibiu com muita técnica e categoria a arte de jogar o futebol de salão.
Além dos dois citados, têm ainda mais dois que igualmente foram craques, na acepção da palavra na referida modalidade: Serginho e Figueiredo, que atuando em dupla, proporcionaram muitas alegrias aos torcedores de vários times, conquistando os mais diversos títulos disputados ainda na antiga quadra do também antigo Colégio da Moderna Associação Campo-grandense de Ensino (MACE).
Figueiredo, era o típico pivô no salonismo e dono de uma portentoso chute, ótima colocação em quadra e muita visão de jogo.
Quanto a Serginho, craque incomparável na modalidade e a quadra mesmo com o tamanho reduzido, devido à sua habilidade e à visão de jogo, ele fazia da mesma um latifúndio.
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