Tudo sobre a região do Anhanduizinho
Campo Grande, quinta-feira, 23 de novembro de 2023.
Na verdade, desta feita não será contada uma das milhares “estórias”, o “Conto de Boleiros”, que marcaram a época de ouro no até então rico futebol brasileiro, que na mesma proporção foi também riquíssimo nos “causos” que, quem ler as narrativas, chega a ter certeza que foi uma criação do imaginário que quem as escreveram, quando na verdade, foram fatos verídicos!
Hoje, o “Conto de Boleiros”, na verdade entrará no famoso “Túnel do Tempo”, para resgatar uma das mais belas e brilhantes passagens de um time que se tornou famoso no futebol amador da Capital de MS e entre os jogadores que integravam o elenco, muitos se destacaram, no entanto, devidos às contusões, tiveram que abandonar precocemente, uma das paixões da vida, que era, a de jogar futebol.
Nos dias atuais graças à Internet, ferramenta essa indispensável no cotidiano e que possibilita conectar com as pessoas pelo mundo todo, favorecendo a interação e tornando a vida muito mais dinâmica e com isso, trazendo para perto, as pessoas que moram longe, em outros países e mergulhando no tempo, mantem a união lembrando os ótimos e inesquecíveis momentos, quando a poeira subia pelos campos espalhados nos bairros da Capital de MS.
A matéria divulgada no site gritoregional.com.br no dia 23 de outubro do corrente ano, com o título “Sob a organização de Josias Cassiano e João Serra, Arena Guaicurus reabre os seus portões para o início de mais um campeonato de futebol amador” e devido à facilidade conquistada pela internet, a mesma rodou o mundo e chegou à Madrid, Capital da Espanha, país do chamado “primeiro mundo”, onde residem milhares de brasileiros, entre eles, Sul-mato-grossenses e entre estes, centenas de Campo-grandenses.
Entre os Campo-grandenses, está Sidney Novack, que curtiu a matéria, aliás, a quem agradecemos e muito a “curtida” que de imediato foi transmitida ao desportista João Serra que ao lado de Josias Cassiano, promovem com sucesso o 47 campeonato de futebol suíço Vila Antunes, no bairro Alves Pereira, na região do Anhanduizinho, disputado no campo de terra – arenito – mas que é carinhosamente chamado de “Arena Guaicurus”.
Hoje, mesmo frequentando as verdadeiras Arenas, como o Camp Nou, estádio do Barcelona, onde com certeza viu craques como Messi, Ronaldinho Gaúcho, Neymar, entre outros, ou indo ao Santiago Bernabéu, estádio do real Madrid, onde deve ter visto jogos do craque português, Cristiano Ronaldo, Sidney Novack, mantém viva as suas raízes com a Capital de MS.
Ao tomar conhecimento do acesso à matéria por parte de Sidney Novack, o organizador da competição João Serra, entrou no túnel do tempo e trouxe de voltam relíquias vividas por eles, no futebol amador e que hoje são lembradas apenas por quem vivenciou as mesmas.
Ao comentar o acesso à matéria, feito pelo agora “espanhol”, Sidney Novack e ao perguntar se João Serra, conhecia o mesmo, este de cara foi logo rasgando o verbo e tecendo os melhores e maiores elogios: “Meu amigo e irmão”, disse Serra.
“Nós (Serra e Sidney) nos falamos toda a semana e eu disse a ele (Sidney) da minha tristeza pelo passamento da minha esposa, de quem ele também foi amigo, assim como fui amigo da família dele”, Recordou João Serra que em tom de tristeza, que na ocasião lembrou até mesmo dos nomes dos pais do agora “espanhol” Sidney Novak.
“Rapaz, conheci os pais deles! Gente da melhor qualidade, de muita grandeza! Conheci a dona Maria (genitora) e o Zezinho Bolovask Novak. Ao falar pra ele que eu organizaria ao lado do Josias (Cassiano), o campeonato na Vila Antunes, ele deu a maior força. É meu amigo, considero como um irmão”, afirmou João Serra.
Após esse preâmbulo e entrando de fato no chamado túnel do tempo, João Serra recordou quando eles jogavam juntos, defendendo o time do Águia Negra, que representava a COHAB e que participava de um campeonato já na época, organizado por Josias Cassiano, justamente na arena Guaicurus, na Vila Antunes, onde Sidney Novack durante a partida, em uma disputa normal, teria sofrido uma entrada desleal do adversário, que acabou rompendo os ligamentos do joelho, fato esse que antecipou a sua despedida precoce da prática no futebol amador.
João Serra até hoje classifica a entrada como ‘assassina”, que selou a brilhante trajetória de um atleta que encantava os torcedores nas manhãs de domingos, com as suas jogadas clássicas e a visão de jogo.
Claro que lembrando desse triste episódio, João Serra, não precisou se esforçar muito para recordar também, a respeito do time do Águia Negra e que segundo ele, era de fato um “timaço” e a prova disso foi que o mesmo conquistou o bicampeonato no não menos famoso bairro do Jockey Clube.
O primeiro título, o de campeão, no bairro Jockey Clube, João Serra recorda que o mesmo foi conquistado ainda em 1.987 e claro que devido à longevidade da data, afinal lá se vão 36 anos e por isso, o mesmo não recorda outros dados sobre a partida.
No entanto, o título de bicampeão, esse está vivo na memória do saudosista jogador e amigo do agora “espanhol” Sidney Novak, João Serra.
Segundo João, essa conquista está tão presente, que ele lembra de importantes detalhes da partida, que foi disputada no dia 6 de outubro de 1991, portanto há 32 anos.
Na época, as dependências, as ruas que formam o quadrilátero do campo do bairro Jockey Club, ficavam completamente tomados, ainda mais em se tratando de uma decisão, no caso entre os times do Águia Negra, da COHAB e a Ótica Santa Cruz que tinha no time, o jogador Maroka, que hoje organiza com pleno sucesso, os campeonatos disputados na Arena Guanandizão.
Conforme ainda os relatos de João Serra, o time da ótica, “enxergando melhor” saiu na frente do placar, com o gol sendo marcado justamente por Maroka.
Ao ser comunicado que foi lembrado de forma positiva na referida decisão, Maroka também entrou no túnel do tempo. lembrando do jogo e do segundo ele, “golaço” marcado pelo mesmo e à bse de quem conta um conto, aumenta um pnto, Maroka também recordou a jogada.
“Segundo ele, teria recebido a bola ainda no setor do meio campo, onde aplicou um “chapeuzinho” em um adversário e com a bola dominada, foi em direção do gol e no caminho, driblou mais três, ficando frente-a-frente com o goleiro e com um leve toque que depois passou a sr chamado de “cavadinha”, marcou o primeiro gol da inesquecível decisão.
“Foi desse jeito a jogada e eu lembro perfeitamente até hoje”, recordou Maroka.
Mas o time da COHAB confiava no potencial técnico e não se abalou tanto que chegou ao empate com o gol marcado por Tatinha e depois, o centroavante Fumaça, decretou não apenas a virada, mas bem como o gol que valeu o invejável título de bicampeão ao time do Águia Negra, em um dos mais importantes e tradicionais campeonatos de futebol amador já disputado na Capital de MS.
Com a memória aguçada, Serra lembrou até mesmo os nomes dos jogadores que integravam o elenco do Águia Negra: Bosco, Luís, conhecido por “Boca”, Andorinha, Sodré, Vilma, Zezinho, Amarildo, o Capitão Damásio, Muller, Tatinha, Bine, Léo, Bibi, Daniel, Fordinho, Jorge e Marçal.
Em tom triste, o mesmo recorda que os nomes dele e de Sidney Novak, não aparecem na relação pelo fato de ambos estarem contundidos, portanto, sem poder participar daquela memorável partida de futebol, ocasião em que os times mandavam a campo 11 jogadores, os jogos eram disputados com o tempo de 90 minutos, divididos em dois períodos e eram conduzidos por um árbitro e dois auxiliares.
Ótimos tempos e apenas quem vivenciou os mesmos, traz até hoje as memoráveis manhãs de domingos, com jogos eletrizantes disputados na praça esportiva do bairro Jockey Clube.
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