números duvidosos!

Moradores do bairro Aero Rancho contestam os números de atendimentos divulgados pela PM quanto à poluição sonora ou perturbação ao sossego

Moradores dos bairros que formam a região do Anhanduizinho contestam números de atendimento divulgado pela PM quanto ao atendimento de poluição sonora (Foto: Arquivo)

Uma mistura de sentimentos foi demonstrado por moradores de alguns dos bairros que formam a região do Anhanduizinho, diante das declarações emitidas pelo coronel Emerson de Almeida Vicente, comandante do Policiamento Metropolitano e pela prefeita Adriane Lopes, ainda no transcorrer da semana passada.

Divididos, mas de forma geral com o mesmo pensamento, de um lado, alguns moradores demonstram indignação com os números divulgados pela Polícia Militar quanto ao número de atendimento às chamadas na tentativa de proibir a perturbação de sossego, registrado com as poluições sonoras, enquanto que outros, se decepcionaram com a declaração da prefeita Adriane Lopes, a respeito das medidas para conter infrações já comuns nas “badernas noturnas” nos altos da Avenida Afonso Pena.

Do lado das pessoas que demonstraram indignação, foi a respeito dos números demonstrados pelo coronel Emerson de Almeida Vicente, comandante do Policiamento Metropolitano, quanto ao atendimento solicitado para conter a poluição sonora, através do número 190, da Polícia Militar (PM/MS).

Conforme os números apresentados pelo referido comandante, apenas no primeiro semestre do corrente ano, o Centro de Operações da Polícia Militar (Copom) recebeu 11.465 denúncias de casos de som alto e algazarra, a grande maioria em bares e conveniências. O que dá uma média de 60 denúncias por dia.

Independente do horário, tanto no período do dia ou da noite, a perturbação do sossego, através da poluição sonora pode ser configurada como crime ambiental, uma vez que o ruído produzido ultrapassa os limites, atingindo o nível de poluição sonora. Os chamados ocorrem em ambientes diversos, principalmente em residências, causado pela própria vizinhança.

Ao apresentar os números com “elevado número de atendimento”, o coronel Emerson de Almeida Vicente, comandante do Policiamento Metropolitano, afirmou que, “o cidadão que se sentir incomodado com qualquer tipo de barulho, seja ele de instrumentos eletrônicos, ferramentas de trabalho, algazarras, gritarias ou sons de veículos automotores, pode fazer contato com a central de atendimento da Polícia Militar, através do 190 e solicitar viatura no local”.

“Não é isso que acontece! Pois moramos aqui no b bairro Aero Rancho, onde em frente e ao lado da minha casa é só chegar a sexta-feira, o local fica insuportável diante de tanto barulho proporcionado pelos aparelhos de som. Cansamos de ligar para no número informado pelo coronel Emerson, o 190, o atendente, anota todos os dados, mas a presença da viatura que é bom mesmo, nunca aparece e com isso, ficamos à mercê desse barulho infernal, sem termos a quem recorrer”, disse um morador que preferiu manter o nome no anonimato.

Quanto à decepção a respeito da declaração da prefeita Adriane Lopes que houve um encontro entre os representantes da   Agência Municipal de Trânsito (Agetran) e do Departamento Estadual de Trânsito (Detran), para conter as badernas que se tornaram comuns nos Altos da Avenida Afonso Pena, quando afirmou que, “”Estamos fazendo reuniões para criar mecanismos para fiscalizar e estar mais presente, na tentativa de coibir ações recorrentes que trazem prejuízo para a população”, indignado, outro morador interroga a prefeita:” E os bairros, quem criará o mecanismo para conter a poluição sonora infernal”, interrogou outro morador, que ficou ainda mais decepcionado ao saber que a Guarda Municipal (GCM) e a Polícia Militar (PM), tem realizado diversas  operações de fiscalização e blitz constantes para manter o sossego na região dos Altos da Avenida Afonso Pena.

“Então é isso! Por isso que sempre que acionamos a Guarda (Municipal), fica um verdadeiro jogo de empurra. Já ligamos para no número 153 e de lá, mandam ligar para o número 156 que manda de volta para o 153. Já ligamos até mesmo para o número 181, denúncias de onde nos pede para ligarmos para o 190. Na verdade é um empurra-empurra e nos bairros, que precisam de ações mais efetivas tanto da Polícia Militar, bem como da Guarda, isso não acontece porque, eles estão atendendo os moradores dos Altos da Afonso Pena”, contestou outro morador que se identificou apenas como Pedro Paulo.

Mesmo com viaturas novas, moradores do bairro Aero Rancho, entre outros da região do Anhanduizinho, enfrentam problemas de perturbação de sossego (Foto: Arquivo)

Vale ressaltar que, o bairro Aero Rancho está localizado na região do Anhanduizinho e é o maior da Capital de MS, onde residem aproxidamente 60 mil pessoas. Quanto a região Anhanduizinho é também igualmente ao bairro, a maior entre as sete existentes e nela, residem mais de 220 mil moradores nos 14 bairros e 139 parcelamentos que foram a referida região, onde existe a bases de apoio da Guarda Municipal,  no próprio  bairro Aero Rancho, no Parque Ayrton Senna que, recentemente recebeu duas novas viaturas.

Além da base da Guarda Municipal localizada no Parque Ayrton Senna, no bairro Aero Rancho e na Avenida Guns Mullerm existe um Pelotão da Polícia Militar, no entanto, mesmo assim os moradores da região  sofrem quando dependem de ações mais eficazes por parte das duais instituições que, através dos seus comandantes, direcionam o contingente para coibir a poulição sonora e bagunça, nos Altos da Avenida Afono Pena,